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Casco de Primeira sonda da Sete Brasil já está no Rio de Janeiro

10 fev 2014
Casco de Primeira sonda da Sete Brasil já está no Rio de Janeiro

 

Casco Primeira sonda

 

A parte inferior do caso (Lower Hull) da sonda semissubmersível Urca desembarcou (load out) nesta quarta-feira, 22 de janeiro, no Brasil para se juntar aos componentes já em fabricação no país (incluindo os seis megablocos da estrutura superior da embarcação) e que serão acoplados ao casco dentro do estaleiro Brasfels, da Keppel Offshore & Marine, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.

A estrutura foi transportada para o Brasil pelo navio Dockwise Vanguard, que saiu de Cingapura em dezembro, pelo sistema de transporte seco (dry tow), mais seguro, rápido e eficiente. A partir de agora até o final de 2015, quando será entregue para ser afretada à Petrobras, será dada continuidade à instalação dos blocos, onde serão inseridos o maquinário e todos os demais equipamentos e sistemas da embarcação, incluindo o sistema de posicionamento dinâmico, os propulsores, os geradores, a torre de perfuração, além de serviços complementares finais, tais como integração, comissionamento e testes de todos os seus sistemas.

Os seis megablocos, com cerca de 1.700 mil toneladas no total, serão içados e instalados pelo novo guindaste adquirido pelo estaleiro especialmente para a montagem pela primeira vez no Brasil de uma unidade de perfuração flutuante de 6a geração tecnológica. Os blocos, parte principal do equipamento, serão colocados sobre a estrutura flutuante (Pontoons) da Urca. As estruturas superiores estão em adiantado processo de construção.

A sonda Urca é uma das seis que serão construídas de acordo com o projeto DSS™ 38E, da Keppel, e que fazem parte do pacote de 29 sondas de perfuração em águas ultraprofundas a serem entregues entre 2015 e 2019, com Conteúdo Local progressivo que varia de 55% a 65%. Os equipamentos terão capacidade de perfurar a uma profundidade de 10 mil metros (em três mil metros de lâmina d’água). Os modelos contratados junto ao Brasfels vão contar com um comprimento total de 108 metros, deslocamento operacional de aproximadamente 45 mil toneladas e capacidade para receber uma tripulação de até 160 pessoas.

Para Chow Yew Yuen, Diretor de Operações (COO) e Diretor Presidente (CEO) da Keppel Offshore & Marine “a chegada da parte inferior do casco da primeira sonda semissubmersível DSSTM38E ao Brasil é um marco significativo para Keppel, Sete Brasil e QGOG. Isso reflete nossa dedicação e nosso compromisso coletivos para executar bem a construção das seis sondas de perfuração cumprindo a exigência de conteúdo local. As sinergias da rede global de estaleiros da Keppel e a chegada da parte inferior do casco desta primeira sonda ao Brasil comprovam a força de nossa estratégia de estar próximos do mercado e próximos do cliente.”

A Urca deverá ser o segundo equipamento para perfuração em águas ultraprofundas que será entregue pela Sete Brasil à Petrobras – a primeira embarcação prevista para ser entregue é o navio-sonda Arpoador, atualmente em construção no estaleiro Jurong.

João Ferraz, Presidente da Sete Brasil, destaca a importância do projeto não só para a empresa, mas para o país. “Este é um momento em que a Sete Brasil, seus parceiros operadores e a sociedade brasileira têm muito a comemorar. A chegada da parte inferior do casco da Urca praticamente sela a maior parte dos componentes importados dessa sonda semissubmersível. A maior parte do que será instalado a partir de agora será construído ou montado no estaleiro brasileiro Brasfels e, com isso, já podemos antecipar que o conteúdo local mínimo dessa primeira semissubmersível será plenamente atingido. O andamento dos trabalhos está bastante acelerado, o que nos permite prever que a sonda será entregue dentro dos prazos previstos. A estrutura financeira montada também parece um sucesso e vem sendo elogiada e avalizada pelo mercado financeiro local e internacional. Essa estrutura nos permitiu captar até agora mais de US$4 bilhões em empréstimos de curto prazo (entre 12 e 18 meses) junto a bancos comerciais brasileiros e estrangeiros, e a recente aprovação para fornecimento de financiamento de longo prazo (mais de 15 anos) junto a importantes instituições como BNDES e UKEF, nos mostram que a estrutura é robusta e viável. Todos esses componentes, todos eles reais e tangíveis, evidenciam que é possível viabilizar a construção de ativos de última geração tecnológica no Brasil. Mais ainda, a realidade que estamos vivendo, possível somente porque a Petrobras teve a coragem de colocar suas encomendas para o Pré-sal no Brasil, demonstram o quanto que o Pré-sal ainda poderá gerar de atividade econômica, geração de empregos e retenção tecnológica no País.”, avalia Ferraz.